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Renata Batisttuzzi

 Dupla excepcionalidade #06

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É quando o autismo ou o TDAH ou quando os 2 vem acompanhado das AHSD (altas habilidades/superdotação). Mas aqui não é uma coisa mais a outra. É uma terceira condição chamada dupla excepcionalidade. Podemos dizer que é um “público à parte”. "Ocorre quando tem na mesma pessoa a presença de alta performance, talento, habilidade ou potencial, superior em uma ou mais áreas, ocorrendo em conjunto com uma desordem psiquiátrica, educacional, sensorial e física”.


Onde pode ocorrer a dupla excepcionalidade: AHSD + Autismo AHSD + TDAH AHSD + Autismo + TDAH (tripla condição) AHSD + Transtornos Depressivos ou de Ansiedade AHSD + Transtornos de Personalidade AHSD + Esquizofrenia AHSD + SURDOCEGUEIRA AHSD + Dislexia ou Disgrafia

Uma condição não conversa com a outra. E uma além de acobertar a outra, passa por cima. No meu caso, a dupla excepcionalidade é com tripla condição: autismo, TDAH e AHSD. E como isso procede dentro de uma pessoa?


Por exemplo, eu penso muito rapidamente numa resposta, porque o meu cérebro é muito veloz para algumas áreas, mas tenho uma dificuldade tremenda de falar, na mesma velocidade por conta do autismo, que controla o aparelho motor do meu corpo, e a fala está no aparelho motor. Ou seja, é um nó só. Então, eu me achei burra a vida toda, porque eu pensava e não conseguia responder, sendo a minha maior algoz, como eu descrevi no vídeo 24 no Instagram.

Eu não entendia o porque que a frase vem pronta na minha cabeça, como uma legenda eletrônica e eu não consigo falar. Isso até hoje. Não sai. Pra pensar é 1 seg. Pra responder, uma boa frase, com muita qualidade racional é meio segundo. Pra falar são 2 horas, 2 dias, 2 semanas. E por conta disso, eu me odiava e me machucava. Gente, isso é muito intenso e difícil. 


Então eu tenho as altas habilidades, com um cérebro avantajado, em algumas áreas, não todas que me pede pra ir e fluir em todas as ideias que tenho (posso ter mais de 100 ideias de negócios em um único dia e não conseguir colocar em prática, tanto pelo TDAH que não sabe qual escolher, ou pelo autismo que não sabe como fazer).


Vocês já imaginaram um cérebro assim?

Na sala de aula, é onde fica tudo mais explícito, e ao mesmo tempo, pouco perceptível, então temos: um aluno que parece ser muito inteligente (mais que os demais), mas ao mesmo tempo, apresenta comportamentos "inadequados" como, desorganização, desinteresse, dificuldade de executar tarefas. Essa é a 2e (dupla excepcionalidade)!


Muito provavelmente esse aluno seria encaminhado para uma avaliação para encontrar a origem das dificuldades! Certo? Talvez, e bem menos provável, ele seria encaminhado para avaliar uma possível Altas Habilidades/Superdotação.

Mas ela está lá e não é vista e pode acobertar o diagnóstico principalmente de mulheres autistas, que não fecham o diagnóstico, por puro desconhecimento dos profissionais sobre as 3 condições. Por isso eu falo, está desconfiado que pode ser autista? Vai procurar um profissional que conhece as 3 condições. 

Muitos autistas adultos diagnosticados tardiamente, de níveis de suporte predominantemente 1 e 2, não foram diagnosticados na infância, porque as AHSD (altas habilidades/superdotação) camuflaram a condição.

Fiz 3 vídeos em que narro estas aventuras na minha pagina do Instagram @almaquehabita, são os 24, 26 e 29.  Nota 1: Mais sobre esse assunto, vocês encontram no livro muito pertinente para professores e profissionais da área da saúde - Dupla Excepcionalidade  Autores: Ruani Jandé, Roama-Alvez, Tatiana de Cássia Nakano

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